«Às vezes penso que se fosse
uma magnólia quereria ser uma laranjeira, se fosse uma águia quereria ser um
cavalo ou se fosse um quadro quereria ser uma fotografia. Esqueço-me que devo
ser o que sou. Pela evidência de ser o único que tenho e posso ser e porque só
quando gostar disso é que posso tocar a felicidade e passá-la.
Fico a pensar que perdemos demasiado tempo em querer
dar laranjas, em galopar velozmente ou em ser o flash de um instante supremo. Quando, na verdade, o que podemos
fazer é chegar a dar muitas e belas flores, voar cada vez melhor ou
tornarmo-nos até num Rembrandt.
Cada qual deve acabar por pegar na própria vida nos
braços e beijá-la.»
Arthur
Miller
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