Sou como folhas de árvore — reparo.
Numerosas, presas ao ramo por pecíolos tenazes,
contudo complacentes com o ar que passa,
e por isso frívolas, mostrando
alternadamente as duas faces.
Assim múltiplo e trémulo sou eu.
Apenas um pouco menos perecível,
julgo. E a figueira a que pertenço
talvez um pouco mais durável
que as de verdade.
Mas isso pode ser impressão minha.
A.M. Pires Cabral
Acho que é só impressão mesmo. Somos muito perecíveis também.
ResponderEliminarBonito poema. Não conhecia.
O poema é de um autor transmontano. :)
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