Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!
Mário de Sá-Carneiro
Dos 18/19 aos 21/22, Mário de Sá-Carneiro foi um dos meus poetas e prosaístas de eleição. Nesse período, li quase toda a sua (curta) obra. "Caranguejola" e "Quase" (um excerto na barra lateral) continuam a ser poemas recorrentes. Este "Fim", que já não ouvia nem lia há algum tempo, recordou-mo Cruzeiro Seixas, que o declamou num documentário que a RTP2 acabou de passar sobre o artista plástico e também poeta surrealista.
Muito bom gosto nas escolhas, como sempre... Também acho este poema especial... é importante desdramatizar as inevitabilidades da vida...
ResponderEliminarBeijinho e excelente domingo!
Excelente! Que bom foi recordar este poema...
ResponderEliminarbelo poema!
ResponderEliminarbom domingo *
Comigo, foi ao contrário - conheci a canção dos Trovante e só depois soube quem era o autor da letra.
ResponderEliminarE sempre gostei, também!
:)***
Virgínia, obrigada. O difícil é desdramatizar...
ResponderEliminarYashmeen e Astor, sem dúvida, um excelente poema.
tsiwari, também sempre gostei.
Uma óptima semana para todos. :)
Tinha uma colega-amiga de Bragança que cantava o poema, versão Trovante, com graça...Recordou-me os tempos de estudante.
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