(Descaradamente roubado à Ana)
Nem sempre sou igual ao que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem em mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...
Alberto Caeiro
E quando nos aproveitamos desta sabedoria para na sombra exibirmos cor de Sol? Essa é a grande dificuldade com o outro e comigo.
ResponderEliminarBjs
P.S. Os desenhos são lindos!
Poder-nos-ão condenar por isso, Infame?
ResponderEliminarQuanto aos desenhos, como não são meus, estou à vontade para dizer: eu também acho!
Bjs
Belo poema, não fosse Alberto Caeiro um dos meus preferidos :)
ResponderEliminargosto do Caeiro também , e muito...
ResponderEliminarBoa escolha ...
Cordialmente
Jrmarto
Duarte e José Marto, também aprecio Caeiro, como se percebe, mas de todos o Campos!
ResponderEliminarBoa semana! Bjs