domingo, janeiro 28, 2007

Um Perna-Vermelha (Da página "linkada")
As aves - pelo menos, as limícolas - podem ensinar-nos muito sobre Fidelidade e Divisão das Tarefas Domésticas!!

sexta-feira, janeiro 26, 2007

"Em Janeiro

os dias têm o salto de um carneiro." Já que me deu pra isto: "Luar de Janeiro não tem parceiro." Aquilo de que não tenho dúvida neste momento: Está um frio de rachar!

terça-feira, janeiro 23, 2007

Pode até parecer, mas a verdade é que não estou zangada! Mais: refiz-me da irritação causada pelo incidente da semana passada! Tem-me faltado tempo, isso sim, para me dedicar a esta casa e a quem a visita. Vou lendo - hoje um, outro amanhã - os textos novos nos blogs do costume, ainda que não comente. "Passei" por aqui para dar sinal de mim e para vos agradecer a companhia, as palavras simpáticas e a preocupação. Prometo voltar, logo que o trabalho que, impaciente, ainda me espera para hoje, me liberte do peso da sua urgência. Por agora, deixo-vos com os registos toscos da curta caminhada da tarde de domingo. Boa semana para todos!

domingo, janeiro 14, 2007

indignação ou a dificuldade de digerir

Se há coisa que me faz verdadeiramente "trepar" e que me põe "cega", quase capaz de partir para o soco, é a falta de educação, sobretudo se esta surge aliada à característica "esperteza-saloia" de alguns portugueses.
Esta tarde, tive que sair para visitar um familiar no hospital. Aproveitando que estava na rua, decidi passar no hipermercado para compras menores. Antes de sair, passei no balcão de informação, onde deixara uns filmes que comprara na secção de electrodomésticos. Esperei que a funcionária atendesse um casal. Enquanto isso, percebi que uma senhora, acompanhada do marido e de dois filhos menores se preparava para "dar o golpe". Se bem o pensei, melhor a dita senhora o fez. Sem perder a calma, numa tentativa infrutífera de moralizar a situação, disse-lhe: "Eu estava antes da senhora.". A criatura - perdera o direito de ser tratada com dignidade!! -, olhou para mim, esboçou um meio sorriso irónico, e, imperturbável, entregou a ficha à funcionária e virou-me as costas, enquanto eu ficava, atónita, a digerir a minha indignação. Chamei-lhe mal educada, mas de nada me serviu.
Há tempos, alguém me dizia que, se certas pessoas não têm filhos é porque não merecem tê-los. Na altura, eu - que não os tenho e perspectivo o resto da minha vida apenas na condição de tia e madrinha -, fiquei a pensar se também teria merecido o tal castigo divino a que a pessoa queria referir-se.
Hoje, perante a atitude daquela mãe de dois filhos, perguntei-me o que terá ela para lhes ensinar como mãe e como pessoa. Ocorre-me também pensar na infinidade de pessoas que abandonam os filhos ou que os maltratam - merecem essas pessoas ser pais? Não. Com toda a certeza: não!

sábado, janeiro 13, 2007

nostalgias 2 The Talking Heads: Road To Nowhere
nostalgias BOB DYLAN: all along the watchtower

sexta-feira, janeiro 12, 2007

as voltas que a vida dá

Há aproximadamente 15 anos, não imaginava que o curso de russo que frequentei com pouco empenho me viria a ser muito útil um dia.
Ontem, o contacto obrigatório com uma moldava (que vai prolongar-se, pelo menos até Junho), fez-me regressar aos manuais de russo. Talvez agora - por necessidade - me dedique...
Se começarem a ver, neste blog, uns caracteres estranhos, é possível que não seja vírus!!
Da svidanhia, que é o mesmo que dizer "Até à vista!".

sábado, janeiro 06, 2007

poema em linha recta

( fotografia encontrada na net)
Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenha calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu que tenho sido cómico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenha agachado, Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe . todos eles príncipes na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que, contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ò príncipes, meus irmãos, Arre estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos . mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos

terça-feira, janeiro 02, 2007

Para 2007

desejo:
muita saúde

amizades verdadeiras

harmonia familiar

abundância (sem desperdício!!!)

serenidade

Logo que possa, passo nas vossas casas para vos ler com tempo. Hoje, aguarda-me ainda algum trabalho!

As fotografias são um relato - muito incompleto - das minhas mini-férias de Natal.