A propósito de um post da Wicca, ocorreu-me o poema de Miguel Torga, que ofereço (como prometi) à menina que mo lembrou.
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
A menina agradece do fundo do coração!!!
ResponderEliminarO poema vai mesmo de encontro às minhas palavras!!! Associação genial...
Uma boa noite para ti!!!Sonhos do tamanho do mar...
eu parti e tenho ainda muito tempo para chegar! Este poema é sempre uma maravilha!
ResponderEliminarEstamos amarradas ao mesmo barco... espreita o que fiz no meu blog!
ResponderEliminarWicca, ainda bem que gostaste. Não tens que agradecer, foi oferecido de coração.
ResponderEliminarBoleia, na óptica do Torga,já fizeste o mais importante: partiste.
Spartakus, sim, o resto se verá... boa noite!