Há
um rumor de folhagem
nas
tardes lentas da infância,
há
vozes longínquas
que
o calor estrangula.
Sentada
no silêncio,
entregue
à penumbra
estendo
as mãos,
mas
da limpidez
e
da frescura das fontes
os
dedos tocam só a memória.
Há,
de quando em quando,
uma
rã que me ensina
o
desgaste das pedras,
o
verde dos limos,
há
ainda o odor dos pomos
que,
debruçados,
trocam
serenas palavras com a água.
Junho de 2009
Quase
em repetição, visto que fiz, entretanto, pequenas alterações.
Os meus milagres são fáceis de explicar
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