sexta-feira, abril 20, 2018

Jamais se detém Kronos

A mulher que está a 363 dias de completar 50 anos olha-se ao espelho e sabe que o tempo não perdoa. Há dias, contudo, em que se sente ainda, apesar das rugas, do cepticismo e dos recentes cabelos brancos, a adolescente dos anos 80, insegura e insatisfeita, que adorava música e longas conversas com as amigas.

6 comentários:

  1. Talvez atribuas um significado especial à marca dos 50... Acho isso engraçado, muito pelo facto de para mim me passar ao lado. Nunca tive o hábito de comemorar os aniversários de forma convencional, apesar de gostar de fazer anos naquele sentido de que estou cá e bem de saúde, com pão para a boca e mais algumas coisas.
    Mesmo sabendo-se disso, quando fiz 50 (agora estou com 54), perguntaram-me com admiração "mas nem os 50 comemoras? só os fazes uma vez..." Pois, os outros todos também se fazem apenas uma vez e gosto da ideia de continuidade e da importância do percurso, sem interpretação especial da mudança de década.

    Bom fim-de-semana, deep!

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  2. Tem aspectos positivos, sim, ana. :)

    Isabel, a maior parte do ano não penso nisso, porque, na verdade, não me vejo com (quase) essa idade. Há, contudo, momentos em que não posso deixar de pensar que tenho quase meio século. Não tenciono comemorar de modo diferente essa data, aliás nunca o fiz em data alguma.

    Obrigada! Bom fim de semana.

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  3. Num programa qualquer perguntaram se seria melhor manter para sempre o corpo ou a mente dos 30 anos.

    Qual é a duvida? O corpo entra em decadência mais tarde ou mais cedo.
    No pensamento temos todos 15 anos para sempre.

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  4. Com a idade, no pensamento, conseguimos ser crianças, Luís. :)

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