(Duy Huynh)
Inclino-me, como as árvores,
à passagem do vento,
rendo-me aos seus doces sussurros,
sedutor incorrigível, quando a tarde declina...
Inclino-me, quando impetuoso,
rompe pelos caminhos e sibila
nas folhas.
Inclino-me, mas não parto...
Como as árvores, tenho raízes
que me prendem ao chão
e ramos no lugar dos braços.
Como elas, acolho, sem os abraçar,
os pássaros que buscam agasalho
Oiço-os cantar – e quero ser ave.
Vejo-os voar – e quero, no lugar dos ramos,
no lugar dos braços, ter asas.deep, abril de 2015
Em repetição por aqui.
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