Vagas são as promessas e ao longe,
muito longe, uma estrela.
muito longe, uma estrela.
Cruel foi sempre o seu fulgor:
sonâmbulas cidades, ruas íngremes,
passos que dei sem onde.
sonâmbulas cidades, ruas íngremes,
passos que dei sem onde.
Era esse o meu reino, e era talvez essa
a voz da própria lua.
Aí ficou gravada a minha sede.
Aí deixei que o fogo me beijasse
pela primeira vez.
a voz da própria lua.
Aí ficou gravada a minha sede.
Aí deixei que o fogo me beijasse
pela primeira vez.
Agora tenho as mãos vazias,
regresso e sei que nada me pertence
— nenhum gesto do céu ou da terra.
Apenas o rumor de breves sombras
e um nome já incerto que por mágoa
não consigo esquecer.
regresso e sei que nada me pertence
— nenhum gesto do céu ou da terra.
Apenas o rumor de breves sombras
e um nome já incerto que por mágoa
não consigo esquecer.
Fernando Pinto do Amaral, Poemas Escolhidos
ResponderEliminarGosto muito da Poesia de Fernando Pinto do Amaral.
Se eu acreditasse numa poesia de género, diria que esta era feminina...
Um beijo
Lídia
Quantas vezes é a mágoa que não nos deixa esquecer, só o fazemos quando nos livramos dela.
ResponderEliminar~CC~
Conheço mal a poesia do autor, Lídia, mas gosto daquilo que conheço. :)
ResponderEliminarBeijo
CC, felizmente, o tempo apazigua a mágoa. :)
Beijo