sexta-feira, dezembro 02, 2016

Punir ou não punir?


(Imagem da net)

Não sou, por natureza, vingativa. Tenho, inclusive, dificuldade em "dar bofetadas com luva de pelica". Algumas vezes, por preguiça, outras porque a indiferença  me parece a atitude mais acertada. A vingança significa sempre que nos importamos, é um sinal de que o outro, de certa forma, nos domina.
Há, contudo, situações que me deixam a pensar se não será necessário haver uma acção pedagógica para não haja repetições e para que a impunidade não leve a melhor.

Na segunda-feira, à hora de almoço, quando me aproximei do carro, na companhia de uma amiga, a quem fiquei de levar a casa, percebi que um dos pneus estava completamente vazio. Fiquei sem saber o que fazer, uma vez que a minha relação com o carro passa quase exclusivamente pela condução.
A minha amiga, entretanto, ligou ao marido, que veio, rapidamente, ao nosso encontro, para nos socorrer. Percebi, no dia seguinte, quando dispus de algum tempo para passar numa recauchutagem, que não tinha sido furo, mas que alguém tinha esvaziado o pneu. A minha suspeita de que teria havido "crime" ganhou forma de certeza.

Na quarta-feira, um dos autores (porque ainda não tive oportunidade de apurar se houve mais), procurou-me para confessar que fora ele quem esvaziara o pneu. Espantei-me com a minha calma. Perguntei-lhe por que cometera tal acto e se tem noção do transtorno que me causou. Disse-me que tinha sido um ato de vingança, por eu ter actuado numa situação em que não poderia deixar de o fazer e que o envolvia.

Nesta ocorrência, chocam-me o espírito vingativo e a maldade, mas choca-me mais ainda perceber que o autor só se retractou por medo, uma vez que lhe foi dito que tinha sido visto, e não por arrependimento.

7 comentários:

  1. Que pessoa tão mal formada ele é.
    Bom fim-de-semana, deep!

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  2. Sim, Isabel, mas também revoltado e não é comigo. :)

    Assim é, Laura. :)

    Bom fim-de-semana para ambas! Bjs

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  3. Depende das circunstâncias que rodeiam o caso. Mas, em todo o caso faz falta "fazer caso". Punir,sim, nem que seja com a "com uma flor", mas punir.

    Um beijo

    Lídia

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  4. Sim, Lídia, há situações que não podem passar impunes. :) Beijo

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  5. Acho que as pessoas, desde jovens, estão demasiado habituadas a que tudo seja desculpabilizado. Não sei se é assim que se educa. Mas essa educação tem que vir de casa. A escola pouco pode fazer.

    Nós vemos a impunidade por todo o lado. Basta olhar para os que nos governam e outros que tais. Nunca ninguém paga pelos crimes que comete...

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  6. Isabel, se os mais novos percebem a impunidade em relação aos adultos, como não hão de acreditar que pode fazer tudo sem consequências?

    Beijinhos

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