Murat Turan
Sobrevive, na ponta dos meus dedos,
o cheiro a pólvora
dos disparos silenciosos, mas certeiros,
que trocámos.
No meu peito há, agora, estilhaços
e há uma ferida aberta
onde devia bater, em ritmo regular,
o coração.
No céu, gritam aves que,
abruptamente, se despenham em agonia.
Talvez as salve a proximidade da água,
talvez a memória da vertigem.
Deparei, há minutos, com este "devaneio" que, suponho, tem uns meses ou, quiçá, mais de um ano.
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