terça-feira, agosto 23, 2016

Nessa tarde


Torre de Hércules, Corunha

Nessa tarde em que as aves
adivinhavam tempestades
recolhi as velas
e fiz-me barco ancorado.

Nessa tarde de sal e maresia
lancei os sonhos ao mar
e deixei que, num vaivém de espuma,
se fizessem ondas.

De olhos postos no horizonte em brasa,
fui concha e alga na orla do mar, fui farol...
E, no entanto, um maremoto me nascia no peito.

Outubro de 2012

4 comentários:

  1. deep, gosto tanto destes poemas com mar dentro e pelo mar adentro. :)

    (Grandes férias, miúda!)

    Beijo!

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  2. Obrigada, Isabel!:)(Tenho sido uma desnaturada.)

    Beijo

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  3. Olá, Deep.
    Lindo recolher, à espera que as tempestades passem ...
    bj amg

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