domingo, março 06, 2016

Cumplicidade

Acordo enroscada em mantas, no sofá do escritório. A televisão debita vozes que nem ouso interpretar. Desligo-a e dirijo-me à cozinha, em busca de algo que apazigue uma ligeira sensação de fome. Uma ténue claridade transparece pela cortina. Olho o relógio, suspenso na parede oposta à porta. Marca as 6h15. Desvio a cortina e o meu olhar dirige-se de imediato para uma unha de luz que paira acima do telhado da casa em frente. Só eu e a Lua somos cúmplices nesta hora em que tudo e todos parecem repousar ainda no abraço terno de Morfeu.


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