Saí de casa, no fim da tarde, para fazer umas compras de última hora. No regresso ao carro, senti no rosto este frio transmontano, seco e cortante. Inevitavelmente, lembrei-me de ti. Quantas vezes me lembro de ti em 24 horas? Tantas que perco a conta. A pretexto de tudo e de nada. De uma música, de uma expressão, de pessoas com quem me cruzo na rua. Desta vez, foi o frio que me fez lembrar de ti. Este frio, a aproximar-se, em sentido decrescente, dos zero graus. Este frio de que sentes saudades, como confessaste repetidas vezes. E, de súbito, desejei entregar-me, contigo, de mão dada, à noite e ao silêncio das ruas, apesar do frio, ou por causa dele.
Se tantas coisas levam o pensamento a alguém, o frio o faz de imediato. E deixa de existir quando as mãos se encontram na caminhada. Belo texto! Abraço.
ResponderEliminarObrigada, Marilene. :) Abraço
ResponderEliminaras lembranças são boamente más
ResponderEliminarHá que aproveitar o que de bom nos trazem, Luís. :)
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