Setembro ressuscita os nossos mortos
senta-os nas varandas onde secam os figos
e as casulas, onde cheira ainda a maçãs,
e ali, de mãos pousadas no regaço,
desfiam histórias antigas.
Tornam-nos a vida mais breve
essas horas curtas de Setembro,
em que reaprendemos o caminho
dos campos,
a carícia das mãos sobre as uvas,
o doce sumo dos frutos.
Neste mês de luz coada,
em que o sol põe arrepios sobre a pele,
que conserva ainda a memória do verão,
seguiste o caminho que te afastava de mim.
Das amoras, ficou-me esta tinta indelével
na ponta dos dedos.
Deep, 10 de Setembro de 2013
Em repetição por aqui...
Os dias de Setembro parecem-me mais facilitadores do equilíbrio. Como se fossem feitos de uma doçura morna que ajuda a fazer escolhas.
ResponderEliminarBom fim-de-semana!
em setembro podes fazer da tua vida uma vida mais longa.
ResponderEliminare sabes como :-)
Bom, de reler. :-)
ResponderEliminarIsabel, por vezes, Setembro obriga-nos a fazer escolhas. Setembro é a despedida do Verão, que desejamos que se prolongue.
ResponderEliminarBom domingo! :)
tsiwari, gosto de te rever (e ter) por cá. :) Não sei se sei... quem me dera saber!
Paula, obrigada. :)
Bom domingo para todos! :)
ResponderEliminarBelo o caminho em todos os apeadeiros
ResponderEliminarSem dúvida, Mar Arável. :)
ResponderEliminarOlá, Deep
ResponderEliminareste mês de "luz coada" que vai nos arrefecendo o corpo também tem suas belezas, a fim de nos compensar da perda do verão ;)
Belo poema.
bj amg