segunda-feira, setembro 14, 2015

Intimidade


Que ninguém
hoje me diga nada.
Que ninguém venha abrir a minha mágoa,
esta dor sem nome
que eu desconheço donde vem
e o que me diz.
É mágoa.
Talvez seja um começo de amor.
Talvez, de novo, a dor e a euforia de ter vindo ao mundo.

Pode ser tudo isso, ou nada disso.
Mas não afirmo.
As palavras viriam revelar-me tudo.
E eu prefiro esta angústia de não saber de quê.

Fernando Namora

4 comentários:

  1. Precisamos deste tempo de intimidade connosco e o Fernando Namora explica-o muito bem.
    Beijo, deep.

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  2. Como talvez precisemos de viver a tristeza, para esse exercício de introspecção e para valorizarmos mais a alegria, Isabel.

    Beijo. :)

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  3. que assim seja, há dias assim.
    bonita escolha de um belo poema de Fernando Namora.
    beijinho
    :)

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