domingo, maio 17, 2015

Palavras alheias

Mareantes do vento

Crescemos na nudez das rochas

crescemos e desmaiamos
conforme as marés

Vertemo-nos líquidos
em caudais de sons
ardidos no sal
no delírio da espuma
por todo o corpo

Crescemos na substância das pedras
com asas muito leves

Não somos barco de carregar velas
somos mareantes do vento

Eufrázio Filipe (Aqui)




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