É ali que eles vivem:
ali onde o tempo fez a teia.
Alguns pousam os olhos sobre
as gotículas que a
chuva
emprestou à teia, obra de
perversidade ou de sedução.
Incapazes de um gesto,
passam em revista
quadros difusos da vida vivida
e dos dias sonhados.
Outros, em lentos meneios de cabeça,
condenam a leviandade jovem
que os afronta.
Gastam as horas, deitando sobre a mesa
cartas gastas e viciadas
na esperança vã
de que a sorte os bafeje no jogo,
descrentes dos proveitos do amor.
Deep, 03 de Fevereiro de 2015
Uns e outros
ResponderEliminarperdidos nas suas próprias teias
Muito bonito e penetrante!
ResponderEliminarQue o vento seja sempre favorável :)) Boa semana!
Por vezes, assim sentimos a vida, Mar Arável, como uma teia, que nos limita os movimentos. :)
ResponderEliminarPaula, obrigada!
Assim espero.:) Boa semana. Beijinho
Gostei do poema, mas mais ainda da foto. Acho-a muito bonita.
ResponderEliminarBom fim-de-semana:)
Obrigada, Isabel. :)
ResponderEliminarBom fim-de-semana.