De novo, esta angústia
a espalhar cinzentos opacos
sobre os meus dias.
De novo, o precipício,
a mágoa...
De novo, as asas presas
ao chão.
De novo, o silêncio...
De novo, a névoa, o frio
e o coração a sonhar
agasalho.
De novo, o espelho por inimigo
e a alma a despenhar-se
no vazio.
De novo, fantasmas a escorrer, viscosos,
pelas paredes,
a prender-me os braços,
a roubar-me a luz.
De novo, nada de novo:
a tua eterna ausência,
o meu corpo aberto em feridas,
a palavra amor a escapar-me
do alcance dos lábios.
Deep, 10/01/2015
O primeiro "devaneio" do ano.
ResponderEliminarMas estes devaneios, elevam a palavra ao centro da alma.
Beijo
Obrigada, Lídia. :)
ResponderEliminarBeijo