sábado, outubro 25, 2014

Take 2

Segunda parte da história

O tempo trouxe-lhe a certeza de que nunca seria capaz de despertar grandes paixões, de que nunca seria motivo para que alguém cometesse uma pequena loucura - como escrever "Amo-te, ..." numa qualquer parede, meter-se à estrada num acesso de saudade, ... 
Ocorreu-lhe, em momentos que julgou de maior lucidez, que tudo decorria sobretudo de um defeito seu: apaixonar-se pelas pessoas erradas. Não eram erradas porque fossem más pessoas, mas porque não eram capazes de a amar o bastante. Porque, antes de tudo, amavam o conforto do sofá, a liberdade que, durante anos, se concederam e da qual não estavam dispostas a abdicar.
A banda sonora:

6 comentários:

  1. É sempre delicado abdicar da liberdade.
    Cadinho RoCo

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  2. E isso acontece muito!

    Boa semana, com boas histórias:)

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  3. Entendo perfeitamente este seu texto

    Bj

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  4. Cadinho, não abdicamos todos os dias?

    Isabel, talvez mais do que imaginamos.

    Mar Arável, :).

    Helena, sou eu quem agradece, a leitura e a companhia.

    Paulinha, bj. :)

    Uma boa semana para todos.

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