Roubei imagem daqui.
É óbvio que tenho escrito, mas sempre textos que respondem a solicitações profissionais.
Houve momentos em que cheguei a pôr a hipótese (um pouco exagerada, é certo) de que desaprendera de pensar, de escrever e de criar ou de que qualquer um desses actos tinha sido levado pela chuva ou empurrado pelo vento, ou que se escondera atrás de uma densa cortina de névoa que tem pesado sobre os meus dias.
Quem sabe este texto, mais um dos muitos "toscos" devaneios, não é já prenúncio de dias melhores?
Quem sabe a roupa primaveril, que elogiaram quando cheguei ao local de trabalho, o pendente de lápis-lazúli e o livro do Urbano Tavares Rodrigues (os dois últimos comprados no fim da manhã) não são sinais de que a cortina de névoa começa a dissipar-se?
O segundo parágrafo do livro do Urbano Tavares Rodrigues, que inclui duas novelas (Escutando o Rumor da Vida e Solidões em Brasa), começa assim:
«Perdi-as a ambas pela minha hesitação e só mais tarde, ao reencontrá-las já arrumadas, mas nenhuma delas feliz, nos tornámos profundamente amigos.»
Sinto-me exactamente da mesma maneira. Creio( pelo menos no meu caso) que foi a situação profissional, e do país, que levou a esta espécie de cansaço permanente, nos últimos anos.
ResponderEliminarMelhores dias virão!
Boa(quase) PRIMAVERA!!