O meu corpo dentro de água...
Pelo recorte da janela,
impõe-se um céu de crepúsculo,
que se desenha em densas nuvens,
entre azul e cinza carregado.
Por entre tímidos raios de sol,
um bando move-se numa dança
harmoniosa e repetida.
O meu corpo dentro de água...
Assalta-me, de súbito,
a imagem dos teus olhos verdes,
a memória, presa ainda aos meus dedos,
da textura da tua roupa.
Pela janela, começa a insinuar-se
a noite e o meu corpo
- ainda dentro de água -
busca o que sobra de luz.
deep/ Adaptação de um "devaneio" em prosa escrito em Maio de 2012
80% do nosso corpo é água
ResponderEliminaro resto é ainda mar
Só faltou dizeres "eureka"...
ResponderEliminarGostei muito do teu poema, é magnífico.
Deep, minha querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Talvez por isso, muitas vezes nos sintamos barco à deriva, Mar Arável. :)
ResponderEliminarPois, Nilson. :)
Muito obrigada.
Boa semana. Beijo