sexta-feira, novembro 29, 2013

Constatações

Constato que, à medida que avançamos na idade, se torna mais difícil entender as pessoas à nossa volta. 
Nem sempre é fácil compreender as mudanças súbitas de humor ou de atitude. Essa dificuldade nasce sobretudo da falta de diálogo. A falta de atenção, a indiferença, os gestos ou as palavras que fazemos ou dizemos e que ferem ou que traem a lealdade que julgávamos existir ficam por dizer. Em pouco tempo, as relações que julgávamos "limpas" e duradouras cobrem-se de finas camadas de gelo, até se deteriorarem. 
No início, experimentamos mágoa e tristeza. Só quando aprendemos a aceitar - se chegarmos a aceitar -, ficamos indiferentes. Como a memória é curta, acabamos, mais tarde ou mais cedo, por cair nas mesmas armadilhas e por deixarmos que nos magoem de novo.

6 comentários:

  1. Olá!
    Eu acredito que as pessoas não estão abertas ao diálogo,ainda mais agora com tantas tecnologias é mais fácil falar com alguém do outro lado do pc do que pessoalmente.Parece ser mais fácil lidar com alguém muito longe do que com alguém que está ao lado,sem contar que todos nós somos passíveis dessas mudanças de humor e/ou atitudes súbitas.O que nos resta é fazer um esforço para não deixarmos sucumbir as nossas relações perante a essas armadilhas que querendo ou não sempre estão a nos cercar.

    E que venham mais constatações como essa!
    Excelente final de semana e um abraço!

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  2. Por vezes a vida e as pessoas, são uma mão cheia de nada!

    http://diogo-mar.blogspot.com/

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  3. Obrigada pelas palavras Kátia. Há dias assim... Hoje é sábado e está tudo bem.

    Um bom fim-de-semana. Um abraço. :)

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  4. Compreendo perfeitamente o que escreves.
    Mas por outro lado, já percebi que muitas vezes as pessoas nem reagem por mal, é apenas o egoísmo da sobrevivência. Como dizes, com a idade, aprende-se a relativizar e eu aprendi isso. Acho que já estou quase imune à dor.
    Um bom fim-de-semana!

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  5. Diogo, por vezes, são. Podem até ter muito para dar (todos temos), mas não aquilo que esperávamos. :)

    Isabel, hoje, que já passei os 40 (há quase meia década), sei que da dor à indiferença é uma questão de tempo e paciência.

    Um bom fim-de-semana. :)

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