segunda-feira, agosto 26, 2013

Quero

Quero, como mãos alheias,
colher da vida
frutos proibidos,
rasgar o ventre da terra
e sorver-lhe o líquido
que emana das entranhas.

Quero, como os homens sem dono,
percorrer caminhos de pó,
e, sob árvores em êxtase,
enterrar memórias
e sobreviver-lhes.

Quero ouvir de ti
palavras límpidas
onde possa, sem remorso,
deitar a minha mágoa

e resgatar a minha paz.

Deep/ Agosto de 2013

4 comentários:


  1. Desejo legítimo para quem se dispõe a trilhar caminhos difíceis, ainda que verdes de esperança.


    Um beijo

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  2. Obrigada a todos pelas palavras e pela "companhia".

    Abraços e votos de bom fim-de-semana. :)

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