Por vezes, ignoramos o leito do rio,
ignoramos que há barcos que se perdem
na voragem dos dias.
Buscamos, pela tarde,
a sombra das árvores,
o canto primordial de um regato.
Ansiamos por um canto de ave,
pela suave ondulação de uma seara.
Mas vê como, subitamente,
a luz afrouxa com a passagem
das horas.
Repara como a margem
se fez lamacenta,
como é maior agora
a distância entre os meus dedos
e o teu cabelo.
Em breve, nada sobrará
que possa ser, entre nós,
dádiva...
Deep/ Maio de 2013
Com o tempo nem tudo se perde...às vezes há coisas que se aprimoram!!
ResponderEliminarPoema sublime, com grande intensidade poética!
Abraço!
Obrigada, Cristina, pelas palavras e pela visita. Abraço. :)
ResponderEliminarUma coisa pelo menos vai sobrar: Esse belo poema. Meu beijo.
ResponderEliminarObrigada, Jota Effe Esse! :)
ResponderEliminarHá sempre uma luz
ResponderEliminarno outro lado do cais
Assim é, Mar Arável. :)
ResponderEliminarE, no entanto, neste dizer tao belo, há um sentir que fica, e que trará tudo de novo... nesta ou noutra dádiva que a vida fará encontrar :)
ResponderEliminarGostei muito.
Beijo amigo
Muito obrigada, Daniel. :)
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