como nasce o vento entre barcos de papel,
como nasce a água ou o amor
quando a juventude não é uma lágrima.
É primeiro só um rumor de espuma
à roda do corpo que desperta,
sílaba espessa, beijo acumulado,
amanhecer de pássaros no sangue.
É subitamente um grito,
um grito apertado nos dentes,
galope de cavalos num horizonte
onde o mar é diurno e sem palavras.
Falei de tudo quanto amei.
De coisas que te dou
para que tu as ames comigo:
a juventude, o vento e as areias.
Eugénio de Andrade, Até Amanhã
Tudo tem o seu começo e a sua relevância, a qual, mesmo que à primeira vista irrelevante, se pode tornar em primordial.
ResponderEliminarAbraço
boa escolha....
ResponderEliminar;)
Armando, assim é. :)
ResponderEliminarPiedade, obrigada. :)