«(...) mas a solidão também vicia. Uma solidão que nos faz perder a paciência para quase tudo e quase todos.»
«Sinto-me areia. Areia depois do mar. As pessoas. As mãos. Os sorrisos. As conversas. Os pés. Os dedos. Tudo passa por mim. Tudo deixa marcas. Marcas profundas que se afundam pele dentro, que se enterram no meu corpo. Chegam a magoar. Deixam cicatriz. Fazem tatuagens. Depois mirram, acanham-se, contraem-se, desaparecem. Abandonam-me. Perdem-se no oceano imenso, nesse mar, que sem amor de amar, porque é só mar, só água e sal e mais nada, leva para longe o meu passado, arrebatando, apagando tudo o que me toca.»
Excertos de A Solidão dos Inconstantes, de Raquel Serejo Martins, cuja leitura está a escassas páginas do fim.
ResponderEliminarÉ sobre as experiências do passado que o futuro se constrói.
Não li o livro, mas sabe que me deixou curiosa?
Um beijo
A solidão voluntária vicia mesmo...
ResponderEliminaro título parece-me bem.
ResponderEliminarQue nos valha o mar
ResponderEliminarcheio de vida
pois é
ResponderEliminarpor vezes vicia mesmo
porque, ao menos essa não nos traz desilusão
beijo
:)
Lídia, apesar de ser uma narrativa, o livro tem uma linguagem muito poética. Acredito que goste de o ler.
ResponderEliminarUm beijo. :)
Anónimo, temos de contrariá-la. :)
Via, o título é, de facto, sugestivo. :)
Mar Arável, assim é. :)
Piedade, não é fácil resistir-lhe ainda que saibamos o mal que pode trazer-nos. Beijo. :)