sábado, março 02, 2013
Devanear...
Não guardes as lágrimas,
não te envergonhes da dor
que se verte pelos olhos...
Inunda-te, se preciso for,
faz-te rio, tumultuoso primeiro,
aos poucos calmaria
recolhida ao seu leito.
Mas não deixes
que a alma se faça pântano,
que as tuas raízes apodreçam
por um excesso de águas paradas.
Grita, se o grito for lágrima também,
se for a ave que, oprimida,
te sufoca...
Grita, chora, rasga o chão
com as tuas mãos feitas garras...
Só não negues o direito
à tua humanidade.
deep/ Março de 2013
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a revolta traduzida no poema.
ResponderEliminargostei!
;)
Se há coisa que não faço é guardar lágrimas... Quando é necessário, choro, grito, revolto-me. Só assim reencontro o equilíbrio.
ResponderEliminarQue chovam relâmpagos
ResponderEliminarObrigada, Piedade! ;)
ResponderEliminarAnónimo, por vezes é a melhor forma de mantermos o equilíbrio. :)
Mar Arável, para que regresse a calmaria. :)