Pago os meus impostos, separo
o lixo, já não vejo televisão
há cinco meses, todos os dias
rezo pelo menos duas horas
com um livro nos joelhos,
nunca falho uma visita à família,
utilizo sempre os transportes
públicos, raramente me esqueço
de deixar água fresca no prato
do gato, tento ser correcto
com os meus vizinhos e não cuspo
na sombra dos outros.
Já não me lembro se o médico
me disse ser esta receita a indicada
para salvar o mundo ou apenas
ser feliz. Seja como for,
não estou a ver resultado nenhum.
José Manuel Silva, Ulisses já não mora aqui
(Obrigada a todos pelos comentários e pela companhia.)
A poesia não salva o mundo
ResponderEliminarmas pode ajudar
Sim, não salva, mas ajuda. Enquanto lemos um poema, por momentos, o mundo é mais belo, quase perfeito...
ResponderEliminarUm poema de uma subtil mas tão imensa profundidade e doçura. Gostei muito. Obrigada pelas partilhas, sempre tão elevadas e enriquecedoras.
ResponderEliminarUm grande beijinho, e votos de uma quadra natalícia feliz.
Fantástico este poema, diz mesmo como nos sentimos hoje em dia.
ResponderEliminarBeijinhos
~CC~
eu também não!
ResponderEliminare fico triste.
bom domingo
Tudo o que de bom façamos, não parece ser suficiente para obter resultados...
ResponderEliminarGostei do poema. Parabéns pela escolha.
Querida amiga, tem um bom resto de domingo.
Dado que posso não voltar aqui antes, aproveito para te desejar um Feliz Natal, para ti e para os teus.
Beijo.