segunda-feira, outubro 15, 2012

Indago a forma definitiva do outono


Indago a forma definitiva do outono.
Um diálogo pode mudar a paisagem.
Fazer nascer um poema.
Criar obsessões.
Destruir emboscadas.
Cada instante é a metamorfose
de uma asfixia interior.
Confundo os caracteres e um imaginário
se revela numa iconografia fantástica.
Nas entrelinhas, um espectáculo de ironias
reitera entregas e recusas
como um dever por cumprir.

Graça Pires, Outono: lugar frágil, 1994

4 comentários:

  1. Lamentavelmente, nada é definitivo a não ser a morte.

    ResponderEliminar
  2. Belo

    ... mas a nossa "garça"
    já não permite comentários
    no seu espaço

    ResponderEliminar
  3. Hanaé, assim parece ser. :)

    Mar arável, é verdade. É uma descoberta recente, mas uma feliz descoberta.

    Não sei se já deu conta, por vezes, os comentários que faz não ficam publicados aqui, embora os receba e os leia no email. :)

    ResponderEliminar
  4. Muito bonito este poema. Muito mesmo.

    ResponderEliminar