quinta-feira, maio 24, 2012
Noite
Tomou-me de assalto a noite
com seus medos e assombrações,
que, viscosos,
escorrem pelas paredes.
Tomou-me a noite...
Deu-me por companhia
os seus fantasmas, presenças
fugidias no dobrar das esquinas.
Tomou-me a noite...
Verteu-se em mim
e a imagem que, no espelho,
se reflecte não é a de quem sou,
mas a que em mim temo.
Tomo a noite...
Com o seu eterno pranto,
os seus mistérios,
com as suas promessas
de madrugada.
Maio/2012
Etiquetas:
as minhas imagens,
devaneios poéticos,
lua,
Morphine,
música
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Noites claras
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarAdorei este post! Belo texto e bela música.
ResponderEliminarMuito obrigada. :) Bom fim-de-semana.
ResponderEliminarExcelente poema, querida amiga.
ResponderEliminarDevias escrever mais, muito mais...
Beijo.
Obrigada, amigo. O comentário, vindo de um poeta como tu, é um grande elogio. (Quando publicas os teus poemas em livro? Se o fizeres, não te esqueças de convidar.)
ResponderEliminarBeijos