É lá que tu moras ainda:
nos jogos da infância,
no sabor do café com leite,
na textura do pão com manteiga.
É lá que moras também:
nas madrugadas de confidências,
nas palavras escritas trocadas
em demoradas cartas,
na sombra dos castanheiros.
É também ali que ainda te procuro:
num fim de tarde na praia,
num bailado da Pina Bausch,
nos acordes da guitarra de David Guilmour,
no olhar enigmático do Corto Maltese.
É aqui que ainda te encontro:
nas minhas horas de insónia,
na dor que, de mansinho, assoma,
quando a minha voz se cala
na evidência de já não seres.
16/11/ 2011
Quase que sei para quem é dirigido... beijinhos Elsa
ResponderEliminarPois é, nina. :( Beijinho
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