A última integrava o poema "Esplanada" do Manuel António Pina, a quem ontem foi atribuído o prémio Camões, e uma imagem diferente desta que agora publico.
(Santiago de Compostela, Abril de 2011, à espera que passasse a tempestade.
Ainda que tenha resultado uma má foto, gosto desta.)
Naquele tempo falavas muito de perfeição,
da prosa dos versos irregulares
onde cantam os sentimentos irregulares.
Envelhecemos todos, tu, eu e a discussão,
agora lês saramagos & coisas assim
e eu já não fico a ouvir-te como antigamente
olhando as tuas pernas que subiam lentamente
até um sítio escuro dentro de mim.
O café agora é um banco, tu professora de liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu.
Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.
Momento oportuno para te visitar, agradecer não me teres esquecido, e agradecer novamente a oportunidade de ler um texto do novo prémio Camões, nunca tinha lido Manuel António Pina e espero, após a leitura deste poema, familiarizar-me mais com o poeta e jornalista :) Beijinho p ti, a ver se retomo a escrita :)
ResponderEliminarUm grande escritor. E não só...
ResponderEliminarEstye prémio assenta-lhe que nem uma luva.
Querida amiga, bom fim de semana.
Beijos.
São excelentes escolhas, deep. Obrigada pela partilha e um 'viva' aos prémios que dignificam e divulgam a literatura portuguesa.
ResponderEliminarBom fim-de-semana!
Duarte, não tens de agradecer. Ler-te é sempre um prazer. Eu própria conheço muito mal a poesia do autor. O prémio é um óptimo pretexto para que possa ser mais divulgado e conhecido.
ResponderEliminarNilson, imagino que seja também um grande homem. ;) Obrigada.
R., obrigada. Partilhar é algo que me dá prazer.
Para todos, uma óptima semana. Obrigada pela vossa companhia.
Beijos