Traz-me uma casa do horizonte deserto
lá onde o mar começa
e os meus olhos se fecham
trá-la pela carne da vaga
pedra a pedra conseguida
trá-la vaga, descoberta
de franquia, porta aberta
trá-la de coral e de limos
há-de reluzir nas colinas
há-de crescer de guarida
para quem nela entre e habite
trá-la hoje a hora que o sol posponte
e se veja lá no horizonte
janelas, portadas abertas
gente a entrar, a sair delas
encontrando tesouros
fazendo descobertas
Há séculos que não há caravelas
mas ainda se queimam círios
em muitas casas por dentro
sem rosto sem remetente
sem que um pássaro
possa desabrochar numa flor.
José Ribeiro Marto, Pastoreio
Obrigada, Poeta!
Tão lindo! :)
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarqueria agradecer as tuas palavras no meu blog e desejar-te um bom fim de semana.
Cumprimentos.
Cara deep, humildemente lhe agradeço a divulgação !
ResponderEliminarabraço
________ JRmarto
Belo poema ilustrado por uma não menos bela imagem.
ResponderEliminarMagnífico post.
que lindo : )
ResponderEliminarobrigada pela partilha.