sexta-feira, junho 26, 2009

cansaço

Por vezes, acontece-nos cansarmo-nos dos outros. Temporariamente ou de forma irreversível.
A duração desse cansaço é, para mim, um medidor da resistência das relações, sejam estas de amizade, de trabalho, de cordialidade ou amorosas. Se o cansaço for longo, dá lugar à frieza e desta à degradação das relações vai um curto passo.
Sem que consigamos determinar o momento ou o motivo, desencontramo-nos de alguém com quem talvez nunca nos tenhamos encontrado. Fixamo-nos nos defeitos, que vemos à lupa, de tal maneira que deixamos que se sobreponham às qualidades da pessoa em causa e aos momentos bons que partilhámos com ela.
Por mais que, ao longo da vida, nos cansemos dos outros e estes se cansem de nós, não conseguimos habituar-nos às "perdas".

9 comentários:

  1. Já me aconteceu muitas vezes e é sempre o mesmo amargo de boca.

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  2. Não pude deixar de "enfiar" o barrete.
    Desculpa pelo afastamento, mas não tem outra razão, senão o muito trabalho.
    Defeitos, todos temos! O problema está em saber lidar com eles e sermos tolerantes para os dos outros.
    Continuas presente no meu coração.
    Beijos
    Elsa

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  3. É verdade, Yashmeen, fica sempre um amargo de boca e um aperto no peito.

    Nina, não deves penalizar-te. A mensagem não te inclui. Compreendo certos afastamentos. Eu própria, quando tenho mais trabalho, me vejo obrigada a afastar-me e tantas vezes sou mal compreendida.

    É certo que, se todos temos defeitos, devemos esforçar-nos por perdoar os dos outros, mas nem todos são imperdoáveis, sobretudo se implicam repetidas faltas de respeito pelo que somos.

    Um abraço para cada uma e votos de óptimo fim-de-semana. :)

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  4. Queria dizer "perdoáveis"!

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  5. Nada de importante, se não resiste à usura do tempo.

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  6. Muito bem dito. É mesmo como tu dizes, muitas relações são vencidas pelo cansaço, embora com as consequentes perdas.

    As cerejas em baixo tem muito bom aspecto.
    Cumprimentos

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  7. Eu penso que esse cansaço surge porque não damos nem recebemos o "bom" de nós e dos outros...Diga-se que parece que custa dizer "gosto de ti", "hoje estás bonita(o)",...ou, quanto mais não seja, um simples "estás bem?"...começo a pensar que as relações interpessoais teimam ser cada vez mais fáceis de quebrar. Já me cansei de muitas pessoas e elas de mim...e ainda hoje não sei dizer se me "amarga" mais a boca eles terem-se cansado de mim...ou eu delas. Mas...a vida é um ciclo ;)

    Go on*

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  8. Venho agradecer os comentários que tens deixado no meu blog, os quais me motivam a escrever. Não te arrelies com as perdas, elas são naturais, vivemos encontros e desencontros, e este processo só nos indica que somos seres dinâmicos, em mudança. "Não gastes vela com defunto" parte para outra, mas vai-me visitanto que eu aprecio muito. Beijos :)

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  9. como me revejo nestas tuas palavras...
    ás vezes acho que com as voltas que a vida dá, já devia ter algum calo, mas cada desencontro parece sempre a primeira vez.
    fica bem : )

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