(Trás-os-Montes, Novembro de 2007)
Pouco hei-de saber dos pássaros e das cores
nestes dias cinzentos de melancolia.
As árvores não repousam sob os olhos
com que as vejo transgredirem para sempre
o plano irreal da eternidade.
Na felicidade do azul prescruto a breve
fragmentação da natureza, os verdes inequívocos,
a sorte dos vermelhos, os amarelos inimagináveis
desta praia em que o mistério flui
para outra treva de mais silentes horas.
Em tudo ignoro e reconheço inviamente
o translúcido poder do infinito.
Amadeu Baptista, Arte do Regresso
...é um poema muito bonito, do livro da arte do regresso que tanto aprecio...
ResponderEliminarobrigado pela partilha, e boa semana!
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JRMarto