terça-feira, fevereiro 03, 2009

Crescem os dias sem mais intenção Que decrescerem no findar de Junho, Para depois ferverem de lonjura E empequenecerem de distância. Crescem os dias para serem outros Dias por dentro do olhar mirrado. Crescem os dias para serem falhos Dias por fora do seu grito absorto. Crescem, decrescem, como se a rotina Insulada, qual bicho naufragado, Fosse uma eternidade de dois ciclos Num cerco sem saída nem entrada. Crescem, decrescem... E o olhar consente Ser escravo da bruma do relógio, Até ao dia em que, já não crescendo, Se tornam paz e corpo e justa hora. José Martins Garcia Alguma informação sobre o poeta aqui.

3 comentários:

  1. Não conheço o poeta, diz-nos mais alguma coisa sobre ele...já que as tertúlias poéticas ficam mais a norte...
    abraço,
    ~CC~

    ResponderEliminar
  2. CCF, o poeta é açoriano. Transcrevi um poema de livro do autor que me ofereceram há tempos. Sei pouco sobre ele, mas gosto do que escreve.
    Quanto às tertúlias, os "sulistas" serão bem vindos! :)

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. gostei deste poema evou aí , quero dizer ao aqui ...
    desço o volume !

    abraço
    _____________ JRMarto

    ResponderEliminar