domingo, janeiro 11, 2009

nós e os outros

Nunca sabemos até que ponto os nossos actos e a nossa personalidade interferem nas escolhas de pessoas que convivem connosco. Quando pensamos termos errado ou termos tido na vida dessas pessoas uma presença indelével, situações ou palavras acabam por supreender-nos .
Isto vem a propósito deste post do João. Lê-lo lembrou-me a “confissão” que, há tempos, a minha afilhada mais velha me fez. Dizia-me que tem noção de que foram determinantes na formação dela o meu gosto pelos livros e o facto de lhos ter oferecido ao longo do crescimento dela. Acrescentou que, em determinada altura, sonhou em “seguir-me” profissionalmente (continuo a achar que foi melhor ter seguido outro caminho). As palavras que lhe ouvi foram, ao mesmo tempo, uma surpresa e uma forma de atenuar a minha culpa por não lhe ter dedicado, em momentos fulcrais, mais atenção.

3 comentários:

  1. Sem contar hoje tb a minha campainha soou co a do Jõao. A minha afilhada passou para me visitar. Gostei do gesto!
    Bjos. Boa semana.
    wandolas

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  2. Lembras-te do jogo do novelo, Vale da Porca, Projecto Rios?
    É assim que eu entendo as nossas acções e por isso tanto peso carregado de tantas vidas que desconheço!
    Bjs

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  3. Sabe be, não é, Wandolas? Por vezes, só é preciso saber esperar, porque, como dizia o Pessoa, "Tudo a seu tempo tem seu tempo."

    Boa semana para ti também. Bjs

    Sim, Infame, lembro-me do jogo. Todos somos peças imprescindíveis de uma cadeia, por isso, as nossas acções, ainda que não tenhamos consciência, acabam sempre por ter repercussões...

    Bjs

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