quinta-feira, julho 10, 2008

(M. C. Escher)

Toma-me o sono
aluga-me o sonho
Correntes de lava escorrem
por mim
ferem-me o ser
queimam-me os olhos

Um grito surdo
pede a claridade
a limpidez da água
no brilho líquido dos teus olhos
Aspiro o cheiro a terra molhada
que emana dos teus dedos

Do fundo de mim
esvoaçam pássaros
que me prendem ao chão
a que inerte
me entrego

(deep)

7 comentários:

  1. de entrega , de desejo , belo , sensual....
    cordialmente
    José Ribeiro Marto

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  2. É teu? Não que duvide.
    É de uma sensualidade arrebatadora!
    Bjs

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  3. É curioso como ambos vêem nele sensualidade... Não passou por mim essa ideia quando, esta tarde, o escrevi!

    Obrigada pelas vossas palavras.

    Bjs

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  4. A sensualidade não passa pelas ideias, passa pelos sentidos e pelos sentires... ;) Abraço do sul

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  5. Agora que amadurecemos, podeis pensar em entregar-me um punhado deles, para depois pensar em pincelar-vos um outro punhado de aguareladas???

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  6. ... e ao que parece também pelo inconsciente, Cristina! :)
    Abraço

    Ana, venham as aguarelas!

    Bjs

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  7. Genial!
    Afirmo que deves continuar.
    Bjinhos

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