sábado, julho 12, 2008

canção

mais tarde compreendes ninguém ama outro mar que não lhe ensombre os olhos de saudade e terra escassa que não lhe morda a boca com mil nomes que vale um voo perpétuo se aqui ficas de pedra para sempre mais tarde quando as cores se recolherem no pálido sabor da madrugada poderás soltar o sangue para que saiba a dor do teu lugar e como a resgatar-te do teu insone sonho de onde a brisa se lança dos teus braços para a morte mais tarde quando as aves voltarem te pareçam idênticas às vozes que a mágoa sem motivo te trazia mais tarde compreendes Carlos Nogueira Fino, 39 poemas

1 comentário: