Nada havia que retivesse Cecilia em casa; ninguém se importaria muito se ela partisse. Também não era o torpor que a prendia - sentia muitas vezes uma agitação próxima da irritabilidade. Simplesmente, gostava de sentir que a impediam de partir, que era precisa ali. (...) Ia-se deixando ficar, na monotonia e no conforto da sua casa, era uma espécie de autopunição com laivos de um prazer real, ou, pelo menos, esperado; se partisse, podia acontecer qualquer coisa de mau, ou, pior ainda, qualquer coisa de bom que ela não poderia dar-se ao luxo de perder.
Ian McEwan, Expiação
Linda flor...
ResponderEliminarBjinhos
Inversamente ao teu comment no "El amor en los tiempos del cólera", não li o livro mas vi o filme. Se todos os que cometem erros crassos se arrependessem como Cecilia, o Mundo seria, certamente, melhor.
ResponderEliminar