domingo, janeiro 13, 2008

não há sábado sem sol, nem domingo sem missa, nem segunda sem preguiça*

Cada vez gosto menos de domingos. Por serem véspera de segunda-feira. Por, quase sempre, no Inverno, nascerem dias cinzentos, que acrescentam a soturnidade que amanhece comigo. Porque me empurram para obrigações familiares, que deixariam de ter esse peso se pudesse, sem aviso, estar com aqueles de quem gosto, sem as limitações que a rotina semanal nos impõe, em qualquer outro dia. Porque não posso sair à rua sem que famílias perfeitas me atirem à cara sorrisos de domingo-à-tarde-a-cumprir-o-habitual-passeio-dos-tristes e me olhem com o mesmo despudor que ofereceram à montra da loja em frente. (É neste momento que, invariavelmente, me assaltam as palavras de Sá-Carneiro - o Mário, aquele que morreu em Paris com um frasco de estricnina!- : "Porque um domingo é família/ É bem estar, é singeleza (...)"). Porque o tempo parece fugir-me e nem para acrescentar este texto me sobra!
Votos de um bom domingo para todos e de óptima segunda-feira numa canção com sabor a Verão:
*Provérbio cujas (pretensas) verdades começam a cair em desuso... excepto a última! :)

6 comentários:

  1. Estou plenamente de acordo com essa
    relutância em relação aos domingos...
    Binhos e uma boa semana de trabalho pa ti.

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  2. É melancolia e nostalgia. É saudade e revolta. É cansaço ou preguiça. Porra, já é domingo!

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  3. tudo a que o calendário obriga... perde o sabor que teria se fosse feito simplesmente porque nos apetece.


    boa semana ***

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  4. Mas olha que até gostava de sentir a nostalgia desse lado...
    bjoca

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  5. Tudo verdade!!!
    Também me sufocam, os Domingos, com a corda da semana seguinte na garganta...e o tempo que não chega para nada, nem para o passeio triste com a família perfeita!

    Bom resto de semana!

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  6. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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