segunda-feira, outubro 15, 2007


"O destino costuma estar ao virar da esquina. Como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de lotaria: as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é visitas ao domicílio. É preciso ir atrás dele."

ZAFÓN, Carlos Ruiz, A Sombra do Vento, Dom Quixote

"Bea diz que a arte de ler está a morrer muito lentamente, que é um ritual íntimo, que um livro é um espelho e que só podemos encontrar nele o que já temos dentro, que ao ler aplicamos a mente e a alma (...)."

(ibidem)

Foi com alma, e quase de um fôlego, que li, durante o fim-de-semana, A Sombra do Vento. Uma escrita fluída, refrescante, quase cinematográfica, prende-nos a um mundo de suspense em que os caminhos de personagens densas se cruzam por obra de aparentes acasos. Num longo, mas não doloroso, caminho de quinhentas páginas, há lugar para o riso, para a comoção, para a empatia, para o desprezo... Se desejamos ansiosamente conhecer o final, não queremos despedir-nos de algumas personagens, que nos concederam o privilégio de nos tornarmos seus amigos íntimos.
Tudo começa com um livro...

3 comentários:

  1. O destino não faz visitas domiciliárias.

    O livro... espelho de quem o lê.

    Este autor promete!

    E tudo começar com um livro, com um filme, com uma música, com um olhar... tudo começa de forma singular.

    Belíssimo post. ***

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  2. Fiquei com vontade de correr atrás deste "vento"...
    Obrigada!

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  3. Aguçaste-me o apetite...

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