... porque se comemoram os cem anos do nascimento de Miguel Torga;
... porque, no sábado de Páscoa, fui ver "Alma Grande", da companhia O Bando;
... porque...
É contra mim que luto
Não tenho outro inimigo.
O que penso
O que sinto
O que digo
E o que faço
É que pede castigo
E desespera a lança no meu braço
Absurda aliança
De criança
E de adulto.
O que sou é um insulto
Ao que não sou
E combato esse vulto
Que à traição me invadiu e me ocupou
Infeliz com loucura e sem loucura,
Peço à vida outra vida, outra aventura,
Outro incerto destino.
Não me dou por vencido
Nem convencido
E agrido em mim o homem e o menino.
Miguel Torga
A urze é um grito de cor nesses montes escarpados...
ResponderEliminarnem vencidos nem convencidos...andamos também assim, nós próprios.
***
Miguel Torga irá ser recordado por gerações e gerações!
ResponderEliminarHá obras que são imortais.
Beijo*
Um dos meus escritores de cabeceira...
ResponderEliminarLembro-me de os "Novos contos da montanha" serem uma das minhas primeiras referências literárias. O Torga é a dureza e a aridez do ambiente rural do norte de Portugal, mas também a sua candura e simplicidade.
ResponderEliminarAbraço