sábado, junho 10, 2006

Porque também é dia de Camões,

não há como recordá-lo:

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem, se algum houve, as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e, em mim, converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor espanto: que não se muda já como soía.

7 comentários:

  1. É curioso que tenha escolhido um soneto, pois considero Camões como um dos quatro sonetistas portugueses de excelência, sendo os outros três Florbela Espanca, Antero de Quental e Bocage.

    Bom domingo.

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  2. Não podias ter escolhido melhor poema...
    O marcar é lindo...

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  3. Obrigada pela simpatia no meu blog. Também já por aqui tenho andado, e voltarei com mais calma, que hoje o tempo urge. Hoje é só um beijinho. :)

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  4. Sim... Camões. Só se falava de futebol...
    Boa Semana. Beijinhos

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  5. E um grande abraço para o amigo Camões que deve ter sido um castiço!

    Ele que cantou Portugal como ninguém merece todas as referências!

    Parabéns pela escolha!

    Saudações!

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  6. Vale a pena recordá-lo, porque Portugal não é só futebol, também é poesia.

    Beijinhos.

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  7. Já lá vai o tempo em que todos nós viamos o filme de Camões a preto e branco neste dia!
    Era da praxe!

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