sexta-feira, dezembro 02, 2005

cumplicidade

A Natureza manifesta a sua raiva. A chuva, lá fora, cai impiedosa (mas abençoada), numa sinfonia que contrasta com o ambiente confortável do espaço em que, a esta hora da madrugada, ainda trabalho.
Não consigo, por mais que tente, por mais cedo que tenha que acordar, perder este hábito estúpido (???) de me deitar quando já é madrugada. Está nos genes - a avaliar pela mania que a minha mãe e as irmãs têm de inventar coisas para fazer só para não se deitarem cedo.
Tenho sempre a sensação que, se dormir mais, estou a perder tempo. A madrugada, mais do que um momento do dia, é um ser que se materializa, em que encontro conforto, cumplicidade, numa relação egoísta, que não permite a entrada de outros elementos. De madrugada, as ideias tornam-se mais claras, as palavras adquirem outra fluidez...

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